Cá vem bomba..., by Eraser (esperem que vem pior...)

Já que neste blog se tem falado de trabalho e como vejo que algumas pessoas têm dúvidas acerca do que ando a fazer e da sua utilidade decidi vir aqui explicar resumidamente o meu projecto.

Como a maior parte das pessoas sabe, apesar de o áudio, vídeo e demais tecnologias digitais serem de grande qualidade, a verdade é que o mundo que nos rodeia é pura e simplesmente analógico. Os sons que ouvimos do áudio digital não são mais que ondas/vibrações (sinais analógicos) do ar a uma dada frequência. Da mesma maneira as imagens que vemos num monitor um numa televisão são ondas electromagnéticas (analógicas) na zona do espectro que os seres humanos conseguem ver. Acontece que também os canais de transmissão (fibra óptica, cabo coaxial, ar, etc.) são analógicos e o pior de tudo, não são perfeitos… Por não serem perfeitos os sinais transmitidos sofrem atenuações e distorções que levam a enganos na recuperação do sinal no receptor.

Para evitar erros na transmissão existem códigos de detecção e correcção de erros conhecidos como FEC (Foward Error Corretor). Com estes códigos são acrescentados ao sinal a transmitir bits redundantes que servirão para detectar erros. Podem ser utilizados mais que um tipo de código de cada vez, tornando o sistema mais robusto.

É neste contexto que se insere o projecto no qual estou a trabalhar. O objectivo é construir e testar o codificador e o descodificador para a norma DVB-S.2 (esta norma define a utilização de um código BCH, de um código LDPC (Low-Density Parity Check) e um embaralhamento (interleaving) dos bits) numa FPGS (Field Programmable Gate Arrays), utilizando uma linguagem HDL (Hardware Description Language), que neste caso é o Verilog.

A FPGA utilizada no projecto é um VirtexII-Pro da Xilinx (primeira imagem), sendo esta uma das melhores placas para se poderem fazer testes devido ao grande número de periféricos que possui.

Neste momento estamos a perder o nosso tempo (sim porque eu tenho um colega de projecto, o Sengo) com a placa (FPGA), pois não é tão fácil como pode parecer a utilização de todos os periféricos da board.