Chegou o dia da partida. Foi com um aperto no coração que saí de Évora. O Ruizinho dormia, após um dia em que chegou a ter febre de manhã; a Carlita ficou, com é óbvio, triste com a partida. E eu de coração apertado...
Lá se fez a viagem para Lisboa, e o tempo foi passando até entrar no avião. Se levantar voo de dia já tem o seu "Q" de especial, entao de noite não há palavras. Lisboa é, lá de cima, uma cidade muito bonita. E depois foram mais de 7h de voo, com o zumbido constante. Após uma refeição razoável (boa para os padrões de uma viagem de avião), ainda consegui dormir. Aos solavancos, como é óbvio. Mas depressa chegámos às 5h30, hora a que tomámos o pequeno almoço. Depois, até aterrar, foi um instante.
Fomos dos primeiros a chegar à fila da burocracia. E o pesadelo começou aí. Depois de mais de 7h de voo, o que nos apetecia era ir para casa num instante, tomar um banho e descansar. Tal não é a nossa surpresa quando chegamos à conclusão que temos que ficar numa sala de espera à espera (é para isso que servem estas salas) por causa do carimbo do visto no passaporte. Fomos os dois primeiros; depois o número aumentou (até próximo de 15, talvez); e depois voltou a descer até ficarmos... nós os dois.
O contacto que tínhamos da universidade aqui em Angola estava... desligado; o contacto com Évora que nos liga a Angola estava... desligado... Ao fim de 2h30 (eram já por volta das 9h30) lá apareceu o administrador da universidade. Apesar de termos ficado mais descansados, a espera continuou... até às 11h. Ou seja, depois de mais de 7h dentro do avião, 4h no aeroporto... no meio dos mosquitos (uma alegria!).
A impressão de Angola não era, claro, a melhor. E quando saímos do aeroporto confesso que não mudou muito. A cidade é, na maioria dos casos, feia. Dezenas de edifícios velhos, a lembrar tudo o que é subúrbio em Lisboa... O trânsito é caótico (parece aquelas imagens que vimos da Tailândia). E em todo o canto há alguém a querer sacar dinheiro (um polícia com uma multa, um miúdo a estacionar o carro, alguém só porque quer...).
Ao menos almoçámos bem. E depois fomos a uma pastelaria e comemos um belo docinho. Bom, mas tudo imensamente caro. Uma refeição normalíssima, para 9 pessoas, ficou no equivalente a 400 euros. Para as mesmas pessoas, a ida à pastelaria, ficou em 60 euros... Nada de mais... (não fui eu que paguei!).
Quanto às instalações onde ficamos, o pessoal daqui é porreiro. São só portugueses, onde estamos. Tudo malta jovem. O quarto que me calhou não é grande, mas podia ser pior. Tem um problema: o ar condicionado funciona como o da Grécia (a Carluxa é que me vai perceber...).
E neste momento passa um pouco das 19h aqui. Está quase na hora do jantar. E decidi começar o meu diário. Pelo dia 0... E esperar que a Carlita me diga que tem tudo instalado para falar com ela e matar um pouco de saudades. Afinal faltam só 11 dias para regressar...
4 comentários:
É verdade, o teu dia zero em Angola não foi lá mto bom, enfim, espera que hoje (dia 27) o dia já te corra um bocadinho melhor.
ps-tenta tirar umas fotos, para nós termos uma ideia da cidade.
abraço
Nós não estamos autorizados a sair do edifício sem ser na companhia de alguém da universidade, por questões de segurança. Em todo o caso temos uma vista relativamente privilegiada, que dá para ter uma noção do que nos rodeia (para além de uma vista linda para a baía). Depois tiro fotos e coloco aqui.
Fico à espera de mais novidades...diverte-te!
vai-se divertir muito o rapaz...
não pode sair, aquilo é caro que doi, o quarto não tem acondicionado em condições...
tá-se mesmo a ver que se vai divertir à grande!!!
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