Parabéns!

Porque há vida para além do futebol (até à hora do jogo de amanhã...) e porque eu me sinto verdadeiramente ORGULHOSO das notícias que tive ontem de Coimbra, tenho que deixar aqui a minha singela homenagem a alguém que sei que lutou e tem lutado muito para conseguir estes objectivos.

Há pouco estava noutro blog e vi uma certa nostalgia numa mensagem nostálgica (prova de que o Eraser está completamente louco, ainda mais se vos disser que o outro comentário está inserido numa postagem sobre pedradas...). Como eu o compreendo. Eu senti o mesmo... exceptuando o facto de continuar a viver na mesma terra. E continuo a sentir.

São apenas 13 meses e alguns dias que nos separam, e é óbvio que temos diferenças de feitios... mas há coisas que não mudam. E o amor que temos pelos sítios por onde passamos, nota-se que é uma dessas coisas.

Tirar um curso universitário não é nada fácil, seja ele de Chinês, Electro, Economia ou o que quer que seja. Mas tirar um curso deslocado ainda o é menos. Nunca fui apologista de pessoas que ficam anos e anos na universidade (para os quais eu defendo um aumento de propinas), mas sou o primeiro a dizer que não se pode exigir a ninguém que tire o curso no tempo mínimo. Porque é mesmo difícil. É um choque muito grande, entrar num mundo diferente, nada articulado com o ensino secundário (e eu tenho a sorte de ter tirado um curso numa Universidade onde os professores estão sempre lá). E é ainda pior uma pessoa viver isto tudo com o choque de estar longe de casa. Porque se para umas coisas é fácil, eu também sei que para outras não o é (estou casado com uma "deslocada" e sei bem os problemas que ela tinha). Por isso não posso deixar de fazer esta homenagem ao Vitinho.

Tirar um curso qualquer, como disse, não é fácil. Mas reconheço que ainda é mais dificil quando se mete a Matemática pelo caminho (e em relação à Física nem me vou pronunciar, porque não percebo nada dela). E quando se mete um trabalho de fim de curso no final. Apesar de não ter tido nenhum trabalho de fim de curso, já convivi com algumas pessoas que tiveram que o fazer e a maior parte delas diz-me que, nos actuais moldes, eles não deviam existir. Isto porque os alunos hoje são autênticas cobaias dos seus orientadores (mesmo os que estão nisto de boa fé) e que acabam por ser os peões de uma luta para mostrar quem é que consegue ter as melhores orientações (um pouco como acontece com mestrados e doutoramentos). O problema é que se faz de muitos trabalhos de final de curso coisas que serviriam de autênticos mestrados... acabando por dar "apenas" uma licenciatura... E isto dá mais valor ao trabalho do meu mano. Sim, porque (e ninguém vai levar a mal porque este blog continua a ser familiar) este é o meu mano grande (para os lados; para a velhice é outro), com o qual eu brinquei montes de vezes.

Isto dava para escrever mais uma centena de linhas, de páginas, dava para uma tese de mestrado... mas vou ficar por aqui. Para acabar a minha homenagem, deixo-te duas imagens: uma foto da cidade que nunca mais vais esquecer; uma imagem que também jamais esquecerás (tal como eu jamais conseguirei esquecer a minha pomba).

Porque há que dar cacetada quando te portas mal (ou seja, quando falhas um golo à boca da baliza)... há que dar os parabéns quando te portas bem! E quando fazes o teu irmão ficar ORGULHOSO!