Um sorriso... muitos sorrisos!

Ninguém gosta de partidas. Por mais ou menos esperadas que elas sejam; por mais ou menos naturais que se possam pensar (devido à idade, por exemplo). A verdade é que qualquer partida nos deixa tristes, nos deixa mágoa e nos deixa um pouco abatidos. Por outro lado é um avôzinho, não é uma pessoa distante... mas a vida é mesmo assim... E a vida segue em frente...

É duro ver pessoas da nossa família chorarem (pelo mesmo motivo que nós choramos). Ainda por cima num dia tão especial: o dia da criança! É verdade, o dia em que dissemos definitivamente adeus ao nosso avô foi o dia da criança. E nesse dia, duas crianças acompanharam esse adeus. Uma inconsciente do que se passava à sua volta; outra que já se apercebe de algumas coisas... mas que mantém a sua inconsciência acerca do que se passou. O normal para uma criança de quase 2 meses e uma criança de quase 18 meses. Mas que não podem ser guardadas em redomas. Há um ou outro momento mais complicado... e nesse fecha-se a casca. De resto... são tudo coisas normais da vida! Para além disso a verdade é uma: enquanto se chorava um adeus, havia sempre alguém que sorria com as crianças. E isso é muito saudável (mesmo num dia triste).

Uns partem, outros chegam. Esta é a maravilha da nossa vida! E entre o primeiro e o terceiro falecimento dos nossos avós (ainda cá temos a nossa velhinha torta) deram-se dois casamentos e dois nascimentos. Entre momentos de tristeza, momentos de grande felicidade! Momentos únicos para quem os vive!

O Dia Mundial da Criança não foi vivido da forma como gostaríamos. Por mais que se queira dizer ninguém é imune à dor. Por mais sorrisos que uma criança nos dê, nesse dia há sempre algo a pesar sobre nós. Mas o tempo passa depressa. E se algumas vezes nos queixamos que ele passa a correr... há outros momentos em que até é melhor! Ninguém vai esquecer as pessoas que partem. O que rapidamente esquecemos é parte do sofrimento que isso nos faz passar. Porque o tempo cura muitos males. E um dos males que o tempo ajuda a curar é a dor.

O tempo... e o sorriso! Não o nosso, mas o sorriso de uma criança. "Porque o bater de palmas de uma criança é melhor do que qualquer outra coisa", diz a pianista; "Porque o sorriso da nossa criança é tão bom quanto o bater de palmas...", acrescento eu. O Rui decidiu antecipar o Dia Mundial do Sorriso em 4 meses e poucos dias (porque este dia existe mesmo - 7 de Outubro...). Não uma vez... mas uns bons 15 minutos de vezes. Ao mesmo tempo que aliviava um pouco a tristeza do pai e da mãe. E que colocava, agora, 3 bisavós a sorrir no céu...