Um dia do pai... especial!

A noite passada foi uma noite muito especial. As saudades do meu afilhado apertavam já há alguns dias. E hoje decidi que tinha que o ver... e lá fui, mais a minha grávida, a caminho de Arraiolos.

E no caminho ia a pensar: “Epa, amanhã é também o meu dia!”. Não foi a primeira vez que tomei consciência de que vou ser Pai; não é a primeira vez que tomo consciência de que, de certa forma, já sou Pai. Mas foi talvez a primeira vez que pensei que efectivamente é o meu dia! Ainda que especial, pelo facto do Rui Miguel ainda não ter nascido (era bonito que fosse durante o dia de hoje, mas ainda é cedo, e tudo tem o seu tempo).

Mas aproveito para deixar uma pequena homenagem a dois Pais que já o são “efectivamente”: o meu Pai e o Pai do Miguelito.

Não me canso de agradecer ao meu Pai por tudo o que me deu. A maior parte das pessoas que vão ler este post sabem o que o meu Pai me deu (e continua a dar). Para quem não conhece, desengane-se de pensar que estou a falar de coisas materiais.

Quanto mais o tempo passa, mais me considero uma pessoa de sorte! Sem verdadeiros luxos, nunca me faltou nada. Sempre tive brinquedos: legos, playmobies, bolas, computadores/consolas (primeiro o Spectrum, depois os pc’s e até uma megadrive), rádios... até um cãozinho (lindo e fofo!). Mas nada disso faz sentido sem a verdadeira essência dos brinquedos: ter com quem brincar! E esse é mais um verdadeiro motivo de lhe agradecer (e já agora à Mãe... apesar de hoje não ser o dia dela): OBRIGADO pelo Hugo, pelo Vitinho e pela Carlita (o Hugo já é Pai, tem que se ter mais respeito...).

E passados 25 anos agradeço também a outro Pai: ao do meu afilhado (e à Mãe...). Quanto mais o tempo passa, mais me considero uma pessoa de sorte! Até poderia nunca ter tido um único brinquedo... Poderia até acontecer que o Miguel não fosse meu afilhado: seria sempre o meu sobrinho lindo e fofo! Não gosto mais dele do que a Carlita ou o Vitinho gostam! Mas acreditem, há sentimentos que são muito especiais. E eu ontem à noite fui completamente arrebatado! É impossível descrever...

Que mais posso dizer? Ser filho assim é muito bom! Ser irmão assim é muito bom! Ser padrinho assim é muito bom! Isto já está a descambar um pouco, pois o post é para o dia do Pai. Fica aqui então o agradecimento ao meu Pai; depois um agradecimento ao Hugo... E porque eu quero ser um bom Pai, deixo um poema que achei na net (não é meu).

Pai,
vens com olhos cansados,
os dedos gretados,
os pés doridos,
os sonhos moídos.
Onde colheste o sorriso
que me dás
como uma flor?

Queria acabar este post deixando um beijinho à minha colega de doutoramento Cristina. Um dia muito ingrato para ela... Mas o importante é que eu tenho a certeza que ela é o orgulho do Pai! Tal como o Pai é um dos orgulhos dela!