Está chegando o momento escolhido por Deus, em que uma criatura chamada à vida (biológica e cristã), ao matrimónio e à paternidade, vai ser enviada a ser testemunha de Cristo Ressuscitado, revestido do Sacramento da Ordem e ao serviço dos Ministérios da Palavra, da Eucaristia e do Amor.
Essa criatura sou eu. O vosso pai, que com a vossa Mãe vos gerou no Amor e ter recebido como dom gratuito 4 diamantes, que sois vós.
De dois de vós, que fostes abençoados pelo Matrimónio, já recebemos a Graça de dois netos, estando para breve a chegada do terceiro.
Com a vossa anuência, Bela, Hugo e Licínia, Paulo e Carla, Vitor, e Carlita (em 27/09/2003, lembram-se?) dei o meu sim ao início de uma caminhada de preparação académica e pastoral em vista ao Diaconado. Vós estivestes sempre comigo. Obrigado.
E eis que chega o momento, de alguém pequenino, dizer publicamente SIM ao serviço a Cristo e à Sua Igreja.
“Eu, estou no meio de vós, como aquele que serve” (Lc 22,27) será a minha disponibilidade.
Como Isaías, digo: “Eis-me aqui” (Is 6, 8).
Como Maria, responderei: “Faça-se” (Lc 1, 38)
Como Jesus, ofereço-me “Seja feita a Vossa vontade” (Mt 6, 10)
Deixai que vos peça que rezeis comigo a oração do pobre, enviando um grande abraço ao Nuno Branco (http://toquesdedeus.blogspot.com/).
Oxalá, Senhor, que ouças a minha voz.
Aqui estou.
Sem grandes palavras para dizer.
Sem grandes obras para oferecer.
Sem grandes gestos para fazer.
Sozinho aqui. Sozinho. Contigo.
Receberei aqui o que me queiras dar:
luz ou sombra. Sorte ou adversidade.
Alegria ou tristeza. Calma ou dificuldade.
E receberei sereno,
com um coração sossegado,
porque sei que Tu, meu Deus,
também és um Deus pobre.
Um Deus que não exige, mas que convida.
Que não força, mas que espera.
Que não obriga, mas que ama.
E eu mesmo farei no meu mundo,
com os meus amigos, com a minha vida:
aceitar o que vier como um presente.
Eliminar do meu dicionário a exigência.
Perguntar aos outros: “O que precisas?”
“Que posso fazer por ti?”
E dizer poucas vezes “quero” ou “dá-me”.
E assim avanço, Deus: Aqui,
sem mais nada, sozinho.
Em silêncio. Contigo, meu Deus pobre.