Julho de 2012. Após apresentar a minha tese de doutoramento,
surgiu-me uma ideia de escrever um livro de Economia diferente em que teria
como personagem principal o Rui. O objetivo seria tratar de Economia com uma
criança, explicar os conceitos de forma direta mas sem perder o rigor da sua
análise. Na sequência desta ideia, no dia 29 de Julho de 2012 lancei o desafio
a um conjunto de amigos e conhecidos, sobre alguns temas a tratar, sendo que
alguns acederam a esse desafio.
A partir dessas respostas construí aquele que seria o
primeiro esquema de índice, que entretanto fui adaptando à medida que ia
escrevendo o livro. Mas desde o primeiro dia, independentemente do que
decidisse incluir no livro, o último subcapítulo estava definido: Economia do
amor (que depois derivou para Economia da felicidade e do amor). E, mais do que
isso, tinha já definida qual a última fala do livro (a fala em si e a autoria,
que seria minha).
O livro foi sempre pensado em torno do Rui, desde o primeiro
dia. E quase ao fim de 3 anos, o livro nasceu. Continuou pensado em torno do
Rui e feito à medida dele. Desde as primeiras páginas escritas em 2012 (em que
se falava dos seus adorados pacotes de chocolate) às últimas, escritas no final
de 2014 (em que já se falava dos treinos de futebol e das duas manas). Algumas
coisas mudaram durante estes dois anos e meio, mas o essencial continuou igual:
a personagem principal do livro.
E porquê o Rui? O meu blog e as redes sociais estão cheias
de exemplos do porquê. E relembro rapidamente alguns: i) abril de 2011 – o Rui
respondia que o pai era “Amigo”, “o Maior”, “Herói” simplesmente porque lhe
arranjei as cordas de uma guitarra; ii) a constante meiguice do Rui para com a
Ana e/ou a Sara; iii) os gestos meigos dele que guardo sempre para mim; iv) o
golo que me dedicou em fevereiro, num torneio; v) o “não há palavras” do dia 3
de março no Skype…; vi) os bonecos que envia pelo Skype; vii) a última
declaração, aquando do Dia do Pai… e tantos outros exemplos que não cabem aqui…
A esta altura poderão perguntar: mas com três filhos só fala
de um? Para que não haja dúvidas, a Ana e a Sara são os meus anjinhos
pequeninos. Isto para evitar qualquer tipo de confusões! Até porque, voltando
atrás no tempo, e pensando um pouco, o projeto de livro nasceu em 2012. O Rui
tinha 5 anos, a Ana estava prestes a fazer 2. Não podia falar de Economia com
ela (nem de outra coisa qualquer…). Hoje, com a Ana quase a fazer 5 anos e com
a Sara pouco mais que recém-nascida, a história repete-se. É isso mesmo: já
está a começar a ser pensado o livro para a Ana. O tema está definido, a
primeira frase escolhida e a última também. Claro, não dá para fazer nada com a
Sara deste tipo. Quando acabar o da Ana talvez a Sara já fale…
Voltando ao livro do Rui (sim, porque o livro é para ele), é
uma singela homenagem. Feita com uma das coisas que melhor sei fazer: escrever.
Foram horas e horas envolto em palavras (praticamente 112 mil palavras e mais
de 633 mil caracteres!), dezenas (largas) de figuras feitas numa app de um
tablet. Horas de prazer para no final sair o livro que acaba de ser colocado no
mercado. A minha homenagem ao melhor Filho do mundo! Que tornou inesquecível
imensos momentos. E um que reafirma o título deste post: “És o meu melhor
Amigo! E eu sou o teu melhor Amigo!” de 6 de fevereiro de 2011.
4 anos depois o Rui continua a ser o meu melhor Amigo. Como
disse atrás, desde que o projeto do livro nasceu até hoje algumas coisas
mudaram mas muitas permaneceram iguais. Na vida mas também no próprio livro. O
título do último subcapítulo sofre um acrescento. Mas posso garantir que a
última frase do livro, essa, manteve-se igual desde o primeiro dia. Mas mesmo
ela sofreu uma pequeníssima alteração: originalmente era para ser dita por mim
e no final acabou por ser dita pelo Rui. Porque em julho de 2012 habitualmente
era eu que a dizia. Porque hoje digo-a tão habitualmente eu como ele.
Para quem quiser saber a frase tem um caminho simples:
comprar o livro (e assim até ajuda um projeto social).
Para ti, Filho, o meu melhor Amigo! Amo-te Rui! (e Ana e
Sara!).
Sem comentários:
Enviar um comentário